Personagem marcante da ultima metade do século 20, o
revolucionário socialista Che Guevara chega ao novo milênio conquistando mais
uma vez a admiração e a simpatia de adolescentes e jovens adultos na Europa e
América Latina.
Não importa que o socialismo real não tenha dado certo na
antiga União Soviética, em Cuba e em nenhum país onde se tentou implantá-lo.
A IMAGEM DO
"CHE" REAPARECE EM PÔSTERES, BOTTONS E CAMISETAS, QUE O CONSAGRAM
COMO UM MITO LATINO-AMERICANO, UM SÍMBOLO ETERNO DE CORAGEM E REBELDIA CONTRA AS
INJUSTIÇAS SOCIAIS DO MUNDO. PARA ISSO, ALIÁS, CONTRIBUIU MUITO A CÉLEBRE
FOTOGRAFIA SUA TIRADA POR ALBERTO KORDA QUE ILUSTRA ESSA PÁGINA.
MAS QUEM FOI, NA REALIDADE, CHE GUEVARA E POR QUE ELE SE TRANSFORMOU
NUM MITO?
ERNESTO
GUEVARA DE LA SERNA formou-se em Medicina. No início da década
de 1950, juntamente com o amigo Alberto Granado, percorreu de moto o continente americano, indo desde seu país natal até
Miami, nos Estados Unidos, numa aventura de mais de dez mil quilômetros que
iria mudar sua vida. (O diário dos dois foi publicado em forma de livro e
transformado em filme por Walter Moreira Salles.)
Nessa viagem, Guevara teria tomado consciência da miséria
em que vivia a maior parte da população dos países da América do Sul e Central
e decidiu que deveria lutar pela mudança desse estado de coisas.
No
México, em 1954, conheceu e se juntou aos irmãos cubanos Fidel e Raul Castro, que estavam organizando um grupo guerrilheiro
para derrubar o governo ditatorial de Cuba.
Guevara tornou-se o médico da tropa, que desembarcou na
ilha no final de 1956. Ao longo dos três
anos seguintes, foi deixando a medicina para tornar-se combatente e líder
militar, ganhando nessa época o apelido de "Che".
Com a vitória do
movimento revolucionário, em 1959, Che promulgou cerca de 400 (ou mais)
sentenças de morte, os chamados "justiçamentos", contra adversários
do novo regime. De acordo com O Livro Negro do Comunismo, ocorreram 14.000
execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.
Estabelecido o novo governo, Che Guevara tornou-se
cidadão cubano e assumiu papel ativo, como diretor do Banco Nacional e Ministro
da Indústria.
Em um discurso na Assembleia Geral da ONU, em 9 de dezembro de
1964, Che Guevara afirmou: "Execuções? É claro que executamos! E
continuaremos executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte
contra os inimigos da revolução!".
A revolução cubana não tinha um caráter explicitamente socialista em seus primeiros momentos. A tentativa
norte-americana de controlar o novo governo de Fidel, porém, levou este último
a aproximar-se da União Soviética, no âmbito da Guerra Fria, e a aderir ao marxismo, criando uma vertente latino-americana do stalinismo,
ou seja, a ditadura de um partido único sobre a sociedade.
GUEVARA,
POR SUA VEZ, NÃO SE ADAPTOU À VIDA BUROCRÁTICA NO REGIME CUBANO. ACREDITAVA QUE
TODA A AMÉRICA LATINA PRECISAVA SER TRANSFORMADA, ATRAVÉS DE REVOLUÇÕES
SUCESSIVAS. EM 1965, DEIXOU CUBA E ESTABELECEU UM FOCO GUERRILHEIRO NA BOLÍVIA,
ONDE ACABOU CERCADO PELO EXÉRCITO LOCAL. CHE FOI PRESO EM 8 DE OUTUBRO DE 1967
E EXECUTADO NO DIA SEGUINTE.
O fato de ter deixado o poder em Cuba para vir morrer nos
confins da selva boliviana, tornou Che um símbolo de determinação e coragem,
respeitado até por aqueles que não compartilham das idéias socialistas.
SUA IMAGEM PASSOU A REPRESENTAR A REBELDIA, O
INCONFORMISMO E A DE LIBERDADE DA JUVENTUDE, INDEPENDENTEMENTE DE CONCEPÇÕES
POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS
MAS
CUIDADO, ANTES DE SAIR POR AÍ IDOLATRANDO O “CHE” GUEVARA, SAIBA DE FATO COMO ELE
AGIA... QUEM FOI DE VERDADE ESSA IMAGEM DE UM MOÇO BONITO QUE É A MAIS
REPRODUZIDA EM TODO O MUNDO.
Ernesto "Che" Guevara recebeu uma
grande dose de seu próprio remédio. Sem qualquer julgamento, ele foi
declarado um assassino, posto contra um paredão e fuzilado.
Historicamente falando, a justiça raramente foi tão bem feita. Se o
ditado "tudo o que vai, volta" expressa bem uma situação, é esta.
"Execuções?", gritou Che Guevara
enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de
1964. "É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando
aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E continuaremos
executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte contra os
inimigos da revolução!"
De acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses
de esquerda (ou seja, dificilmente uma mera publicação "direitista"
ou de "fanáticos anticastristas de Miami"), ocorreram 14.000
execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960.
(Slobodan Milosevic, não custa lembrar, foi a julgamento por ter ordenado 8.000
execuções. A mesma ONU que aplaudiu delirantemente a orgulhosa declaração
de Che Guevara condenou Milosevic por "genocídio").
"Os fatos e números são
incontestáveis", escreveu ninguém menos que o New York Times, ícone da
esquerda, sobre o "Livro Negro do Comunismo". Jose Vilasuso, um
cubano que à época era promotor dos julgamentos comandados por Guevara, fugiu
horrorizado e enojado com o que presenciou. Ele estima que Che promulgou
mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a
prisão de La Cabaña. Um padre basco chamado Iaki de Aspiazu, que sempre
estava à mão para ouvir confissões e fazer a extrema unção, diz que Che
pessoalmente ordenou 700 execuções por fuzilamento durante esse período.
Já o jornalista cubano Luis Ortega, que conheceu Che ainda em 1954, escreveu em
seu livro "Yo Soy El Che!" que o número real de pessoas que Guevara
mandou fuzilar é de 1.892.
Em seu livro, Che Guevara: A Biography, o autor Daniel James escreve que o
próprio Che admitiu ter ordenado "milhares" de execuções durante o
primeiro ano do regime de Fidel Castro. Felix Rodriguez, o agente
cubano-americano da CIA que ajudou a caçar Che na Bolívia e que foi a última
pessoa a interrogá-lo, diz que Che, em sua última conversação, admitiu
"algumas milhares" de execuções. Mas fez pouco caso delas,
dizendo que todas as vítimas eram "espiões imperialistas e agentes da
CIA".
Essa é a face de um homem que fundou um regime que encarcerou mais de seu próprio povo do que Hitler e Stalin, e que declarou que "o individualismo deve desaparecer!". Em 1959, com a ajuda dos agentes soviéticos da GRU, o homem celebrado naquela camiseta ajudou a fundar, treinar e a doutrinar a polícia secreta cubana.
"Sempre interrogue seus prisioneiros à noite", ordenava Che a seus capangas. "A resistência de um homem é sempre menor à noite".
Hoje, um mural com o retrato de Che — o maior do mundo — adorna o Ministério do Interior, que é o quartel-general da KGB cubana — a polícia secreta treinada pela STASI. Nada poderia ser mais apropriado.
"COMO PROFESSORA E EDUCADORA, FAÇO UM ALERTA AOS ADOLESCENTES E JOVENS: SEJAM INTELIGENTES OU NO MÍNIMO CURIOSOS, JAMAIS SAIAM POR AÍ, REPRODUZINDO ALGO, IDOLATRANDO IMAGENS POR MERA REPETIÇÃO ... HOJE VOCÊ TEM FERRAMENTAS NOBRES COMO A INTERNET PARA PESQUISAR TUDO. POR ISSO NÃO SEJA UM MERO REPETIDOR DE ATITUDES. VEJA O QUE O "CHE" PENSAVA DOS JOVENS NA ÉPOCA:"
EM UM FAMOSO DISCURSO EM 1961, CHE DENUNCIOU O "ESPÍRITO DE REBELDIA" COMO SENDO ALGO "REPREENSÍVEL".
"A juventude deve abster-se de questionar de modo ingrato as ordens governamentais", ordenou Guevara. "Em vez disso, ela deve se dedicar completamente aos estudos (marxistas), ao trabalho (para o governo) e ao serviço militar (para matar os desobedientes)".
E ai daqueles jovens "que ficarem acordados até tarde da noite e chegarem atrasados para o trabalho (forçado pelo governo)".
OS JOVENS, ESCREVEU GUEVARA, "DEVEM APRENDER A PENSAR E A AGIR COMO UMA MASSA ÚNICA". "Aqueles que escolherem o próprio caminho" (como deixar o cabelo crescer e ouvir música imperialista ianque) serão denunciados como "dejetos" e "delinquentes".
EM SEU FAMOSO DISCURSO, CHE GUEVARA ATÉ MESMO JUROU "FAZER COM QUE O INDIVIDUALISMO DESAPAREÇA DE CUBA! É CRIMINOSO PENSAR COMO INDIVÍDUOS!"
Dezenas de milhares de jovens cubanos aprenderam que as ameaças de Che Guevara eram mais do que mera linguagem bombástica. Centenas de soviéticos da KGB e "consultores" da STASI da Alemanha Oriental, que inundaram Cuba no início da década de 1960, encontraram em Guevara um acólito extremamente zeloso. Já em meados dos anos 60, o crime de se parecer com um "roqueiro" ou ter um comportamento efeminado fez com que a polícia secreta cubana retirasse das ruas e parques de Cuba milhares de jovens e os jogassem em campos de concentração que tinham os dizeres "O Trabalho Fará de Você um Homem" em seu portão principal, bem como homens com metralhadoras localizados estrategicamente em torres de observação. As iniciais desses campos eram UMAP, mas eles em nada diferiam de um GULAG.
PUBLICADO PELA PROFESSORA MARIZETE CAJAIBA BASEADO NAS SEGUINTES
FONTES DE PESQUISA:
Humberto Fontova é o autor de Fidel: Hollywood's Favorite Tyrant e O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram.
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=260
http://educacao.uol.com.br/biografias/ernesto-che-guevara.jhtm
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